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sábado, 31 de janeiro de 2015

Cause I'm a Writer e Outras Histórias - Poetry Time 78

Essa poesia foi feita para um amor que eu jamais pensei que me encontraria... Nunca pensei que algum dia eu seria capaz de sentir mais falta de alguém do que de minhas próprias asas...

Quando eu comecei a trabalhar numa creche da Prefeitura da minha cidade, eu achava que seria a experiência mais maluca e horrível da minha vida (eu não estava inteiramente errada...)

Muitas pessoas me disseram que trabalhar com crianças finalmente ia acabar de vez com meu carinho por elas... Não podiam estar mais erradas... Porque eu conheci a Maria Eduarda, a garotinha mais doce e mais fofa que entrou na minha vida e eu me apaixonei perdidamente por ela... Pra encurtar a história, ela saiu da escola e isso me dói todos os dias...

Todos os dias, eu ainda me pergunto o que eu faço da minha vida sem você... Rezando pra que, se eu nunca mais encontrá-la, sua imagem nunca desapareça da minha lembrança e seu amor do meu coração... O que eu mais sinto falta é de você correndo pros meus braços e querendo o meu colo e o meu abraço sem nunca, nunca me afastar...

Poesia de 28 de fevereiro de 2014 (sexta-feira)

Bieca

Eu ainda sinto o fantasma de minhas asas,
Que caíram, sem me avisar,
Caíram pra me machucar...
A ardência daquelas duas brasas
Que me deixaram sem poder voar...

Depois delas, eu perdi a liberdade...
Perdi a vontade de sorrir...
Nelas, a inocências de existir,
Eu guardava o segredo da Imortalidade
E o "Para-Sempre" nunca mais vai me seguir...

Sem elas, não havia esperança,
Não havia dia pra nascer...
E por muito tempo eu quis viver
Só como uma criança
Como jurei permanecer!

Mas você foi o dia nascendo e me sorriu,
Mais do que sorrir, me apaixonei,
Por você, as asas entreguei,
Por seu intenso brilho que surgiu,
Por você, eu novamente me encontrei!

Com você, tudo podia ser eterno
Que, mesmo a dor, eu ia suportar...
Aos seus olhos, eu ia me escancarar!
Eu ia queimar no mais profundo inferno,
Porque eu queria só eu te bastar...

Eu ainda sinto você em meus braços...
Como se o espaço fosse explodir!
Não sendo minha, a deixei partir,
Mesmo ainda atada aos seus laços...
O que eu faço agora sem você aqui?

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Cause I'm a Writer e Outras Historias - Day 78



A ideia original para o quarto livro da Casa das Hostesses nasceu, principalmente, como eu já comentei no texto passado, das minhas conversas com minhas leitoras durante o desenvolvimento de 'Storm', mas vários fatores contribuíram para que ele se firmasse totalmente na minha cabeça.

O primeiro deles foi de uma brincadeira que eu fiz com elas, quando comentavam sobre os problemas que a boate tem de enfrentar no terceiro livro. Eu perguntei a elas: "depois da Tempestade, vem a..." e foi unânime: calmaria. Então eu disse: "Não, depois da Tempestade vem a Escuridão!" *ri*

O segundo fator tem a ver com o que eu já comentei aqui muito brevemente quando falei sobre o primeiro livro da série. Num primeiro momento, antes da ideia do livro se solidificar, eu cogitei escrever uma história de uma boate com hosts (acompanhantes masculinos) ao invés de hostesses e eu nunca descartei essa ideia, o que foi bom porque em 'Darkness' eu finalmente vou conseguir colocar alguns personagens novos, que são os hosts da agência GR e o que eles vão fazer na Casa das Hostesses ainda e surpresa *ri*

Agora, sobre o último fator que me ajudou a pensar em 'Darkness' como uma continuação (a primeira que eu pensei antes de terminar de escrever seu antecessor, já que 'Guilty' e 'Storm' nasceram muito depois dos outros já terem sido escritos) foram as sinopses da Casa das Hostesses, em que eu percebi uma coisa muito interessante...

Mas isso, eu só vou contar no próximo post *risada maligna*

Aguardem!

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Cause I'm a Writer e Outras Historias - Poetry Time 77

[editado]
Mais uma das minhas novas poesias!

Antes de qualquer coisa, eu preciso me desculpar porque eu estou fora de casa, sem meu computador e esta tudo sem acentuação... Prometo que, no fim de semana, eu arrumo isso!

Bom, essa poesia eu fiz para aquele meu antigo Herói, se lembram? Eu voltei a usar a metáfora do quarto (sem parede ou janela, que não impede a chuva de entrar... Agora que vocês conhecem melhor minha metáfora da chuva, acho que fica ainda melhor de entender esse verso...) porque, como eu disse no quarto verso da primeira estrofe, eu o tranquei nesse estado "pra nunca o deixar fugir" e acho que isso explica nosso relacionamento melhor do que qualquer coisa que eu já disse a ele ou ele me disse...

"Mas o quarto, agora assombrado,/ Não impede a culpa de surgir..." eu gosto muito da ideia de que somos capazes de assombrar nossas próprias vidas e, logo eu, que vivo dizendo aos outros pra pararem de se atormentar tanto, as vezes sou também a causa do meu próprio tormento...

"Engoli o sofrimento mascarado" essa foi toda a verdade, mas acho que não me arrependo...

Poesia do dia 28 de fevereiro de 2014

Não se aplica

Eu não estava presa ao passado,
Mas a chuva não deixava de cair...
Porque agora, eu vejo que menti,
Que tranquei o quarto nesse estado
Pra nunca o deixar fugir...

Eu mudei sem o deixar de lado,
Como eu sem você ia seguir?
Eu não podia deixá-lo partir,
Mesmo antes de o ter trancado...
Sem você, eu deixo de existir...

E egoísmo meu não o ter libertado?
Mas, por que sofrer, se a gente pode rir?
Por que esquecer, se a gente vai insistir?
Porque eu não teria me regenerado
Se não tivesse você pra me ouvir...

Mas o quarto, agora assombrado,
Não impede a culpa de surgir...
Minha cela, meu calabouço do sentir...
Engoli o sofrimento mascarado
Pra convencê-lo também a não desistir.

domingo, 25 de janeiro de 2015

Cause I'm a Writer e Outras Histórias - Day 77



Uma das partes mais legais durante o desenvolvimento de Storm com certeza foi a participação das minhas leitoras! Desde o momento em que eu dei nome ao terceiro livro da série, eu fui dividindo com elas tudo que eu ia atualizando, desde as músicas que eu estava escutando enquanto escrevia, até o nome dos capítulos que eu terminava!

Foi muito bom compartilhar essa experiência com elas porque, quando eu me encontrava num beco sem saída ou começava a desanimar, elas me ajudavam e me davam a força e o suporte que eu precisei para caminhar pela história do começo ao fim!

Eu nunca tinha feito nada parecido antes (a não ser com a minha irmã, que está sempre ao meu lado, no desenvolvimento dos meus projetos e sempre fez esse papel de me incentivar e me dar força quando eu começo a ficar cansada... Sempre acontece quando eu estou escrevendo um livro, pelo menos...) e foi prazeroso demais comigo, elas interagiram com o livro antes de estar pronto, antes de começarem a ler!

O mais divertido com certeza eram os debates e as teorias que surgiam ao longo dos meses do que poderia acontecer na Casa das Hostesses e com todos aqueles personagens que elas já conheciam e que já amam tanto! Eu morria de rir e ficava atiçando cada vez mais a sua curiosidade  para mantê-las ali comigo; elas, morrendo de vontade de ler e eu, morrendo de vontade que elas lessem!

E, com certeza, a parte mais importante dessa colaboração foi que, dessas conversas, teorias e debates nasceu a ideia para o quarto livro da série: Darkness!

sábado, 24 de janeiro de 2015

Cause I'm a Writer e Outras Histórias - Poetry Time 76

Nossa... Essa poesia ainda é muito forte pra mim... E já vai fazer um ano que eu a escrevi!

Existe tanto pra explicar nela, mas eu não sei se tudo o que eu posso dizer vai ser muito óbvio... Ela é todinha sobre o meu problema com ter de me tornar adulta, o que dá pra perceber que ainda é alguma coisa que me perturba mesmo agora que eu já sou "adulta" (e vamos enfatizar bem as aspas aqui, viu? Porque eu não me considero tão adulta assim e muitas pessoas do meu convívio nem me tratam como uma, então...). Pode ser porque eu sou muito sonhadora ou simplesmente pelo fato de ser escritora (sim! Essas pessoas acham que escrever quer dizer não viver na realidade e desconsideram o que eu penso por isso, pode?), mas essa poesia sou eu basicamente dizendo "acordei!" *ri* Porque sim...

Acho que quando eu digo "O anoitecer parecia lindo/ Mesmo para alguém que foi acordada" é algo que todo mundo meio que pode se identificar... Toda criança deseja, desesperadamente, se tornar adulto e não enxerga que a maior preciosidade da vida é a própria infância... "Mas era forte e eu fraquejei,/ O Anoitecer não é de quem está fugindo..." por mais que eu tente, ainda não sou forte o bastante para ser adulta...

A última estrofe é com certeza a minha favorita: "Sobre mim mesma, estava enganada./ Sobre o caminho, eu me apavorei./ A rosa só estava refletindo/ A minha alma despreparada/ E a sua imagem, eu não aguentei". Assim como eu disse em "Cassandra", eu gostei demais de escrever estrofes de cinco versos e achei que a sonoridade dessa daqui ficou linda!

Poesia do dia 28 de fevereiro de 2014 (sexta-feira)

Nightmare

Eu me vi perdida, numa encruzilhada
E não me lembro mais por onde comecei...
Sei que estava caindo
E ao meu redor, eu não via nada...
Foi então, que eu acordei...

Não lembro de quando eu estava dormindo,
Lembro apenas de estar parada,
Lembro da rosa que despetalei...
A Rosa da Manhã que eu vi sorrindo
E pela qual fui abandonada,

A Rosa que no amanhã não enxerguei.
O anoitecer parecia lindo,
Mesmo para alguém que foi acordada,
Mas era forte e eu fraquejei.
O Anoitecer não é de quem está fugindo...

Sobre mim mesma, estava enganada.
Sobre o caminho, eu me apavorei.
A rosa só estava refletindo
A minha alma despreparada
E a sua imagem, eu não aguentei...

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Cause I'm a Writer e Outras Histórias - Day 76



Storm recebeu esse nome porque eu sou uma apaixonada pela chuva, porque eu acho que ela é uma das Forças da Natureza mais poéticas que existe; ela purifica e ela testa as pessoas! (um pequeno parênteses aqui pra mencionar o fato de que, enquanto eu estava escrevendo esse texto, estava chovendo!)

Eu costumo dizer que nos momentos mais difíceis da minha vida, eu estava debaixo da Tempestade e foi isso que eu quis colocar nesse livro. Estamos todos sozinhos quando a chuva cai... E é isso que dá pra perceber nesse terceiro livro, ele foi todinho a minha metáfora da chuva! Porque ela testou uma por uma dessas pessoas que estão na boate e todas elas tentaram e tentaram se virar sozinhas até aprenderem a dura lição que a chuva traz quando cai sobre você...

Ainda assim, eu sinto como se ela também renovasse as minhas forças toda vez que me pega desprevenida e cai sobre a minha cabeça (há anos que eu preciso comprar um novo guarda-chuva, mas só me lembro disso quando já está chovendo outra vez *ri*) E eu quis que essa ideia também estivesse no livro, todos sofreram com essa Tempestade, mas no fim também aprenderam muito com ela.

Desde criança eu tenho esse fascínio pela chuva, sempre gostei de tomar banho de chuva e me lembro de sair de casa e ficar na garagem, contente por poder me molhar (eu devia ter uns sete, oito anos...)

Mas, mesmo agora, quando o "banho de chuva" não é intencional, eu não vejo problema. Já faz uns dois anos, mas eu não me esqueço de estar voltando do trabalho, indo encontrar minha mãe e meus irmãos no shopping, naquele calor insuportável de dezembro (não tanto quanto o que tem feito nos últimos dias...) e eu fui pega completamente desprevenida pela chuva que começou a cair logo que eu desci do ônibus e que quase alagou o centro da cidade... Fiquei ensopada instantaneamente, minha camiseta (branca) ficou transparente, eu estava de sapatilha (perda total!) e eu só pensei "que se dane!", tirei o sapato na rua mesmo e tive até vontade de voltar pra casa a pé, debaixo da chuva *gargalhando*

Quando eu pensei no terceiro livro da Casa das Hostesses, eu não tive dúvidas! Minhas leitoras e eu abrimos nossos guarda-chuvas todas juntas, esperando a boate abrir as portas mais uma vez!

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Cause I'm a Writer e Outras Histórias - Poetry Time 75

Primeira poesia das minhas recentes!

Minha paixão pelo Mito de Cassandra começou quando eu ainda era muito criança e lia aquele livro de Mitos Gregos na pequena biblioteca que tinha na minha escola e que eu já mencionei aqui pra vocês.

Isso se intensificou depois que eu assisti ao filme e ao desenho animado (que passava de manhã, no SBT, no CRUJ!! Nossa, que nostalgia!!) "Hércules".

E depois quando eu li Harry Potter e a professora dele de adivinhação, Sibila Trelawney, descendia de uma vidente chamada Cassandra (não era a do mito, mas eu gostei da escolha e não posso negar que é bem provável que os motivos da J. K. Rowling pra escolher esse nome podem muito bem ser os que eu acho...)

O que eu gostei ao escrever essa poesia foi essa nova maneira de contar essa história dela, eu simplesmente não conseguiria fazer como às vezes faço com minhas poesias e mostrar os versos que eu mais gosto dela, porque eu gosto de todos eles! E eu fiquei apaixonada por essas estrofes de cinco versos! Bem diferente daquelas poesias do começo, não é?

Poesia do dia 26 de fevereiro de 2014

Cassandra

Uma luz me encontrou desprotegida,
Um forte clarão me assombrou
E uma voz aos meus ouvidos ressoou,
A última voz que eu queria ouvir na vida,
A voz que a minha existência condenou:

"Tudo o que é sonho, a noite embevecida
Encontrará. Sua velha vida não ficou,
Mas ainda há um presente que lhe dou:
Uma dádiva por poucos merecida,
A verdadeira face que o futuro me mostrou!"

O futuro é obra esquecida
Que por séculos o mundo edificou.
Mas aquilo que o futuro revelou
Mostrou a minha alma refletida
E o dom em desgraça transformou.

"Como deixar minha mente enlouquecida
Afundar no poder que a Luz cegou
E saber segredos que ninguém me revelou
Pode ser melhor que estar perdida
Num mundo em que o futuro se ocultou?"

Ali minha maldição foi esculpida,
Mas meus olhos, ele não cegou.
Em sua mágoa, ele professou
Que por poucos eu seria ouvida
E nunca mais em mim alguém acreditou...

terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Cause I'm a Writer e Outras Histórias - Day 75



Mesmo tendo passado 2012 focada no projeto do "Lembra Quando Sexta-Feira era Dia do Brinquedo", eu queria desesperadamente voltar para os meus livros de ficão e foi numa tarde de conversas com a Akemi que ele finalmente veio a mim: A Casa das Hostesses - Storm!

Storm é muito mais do que o terceiro livro sobre essa boate que eu tanto amo... Foi ele quem transformou "A Casa das Hostesses" numa série e isso é muito importante mesmo!

Eu costumo explicar mais ou menos assim: no primeiro livro, nós somos apresentados a esse mundo, a essa pessoas, nos apegamos a elas enquanto as conhecemos e as vemos lidando com problemas bem complicados!

No segundo livro, nós reencontramos esses personagens e agora eles não precisam mais nos conquistar, nós já os amamos, já torcemos por suas felicidades! Agora, vamos conhecê-los melhor, nos aprofundar em suas personalidades, ver suas fraquezas e suas virtudes!

Já no terceiro livro, é como se as luzes não iluminassem só os personagens, é como se eles estivessem num teatro e o palco todo se iluminasse. Não vou dizer que este é o ponto em que a história finalmente começa, mas é quando sua grande protagonista teve realmente foco! É hora da Casa das Hostesses brilhar!

Assim como em Guilty, Storm não se foca numa única história e todos os seus personagens protagonizam um enredo próprio, acho que até um pouco mais elaborado do que no segundo livro e eu fiquei realmente orgulhosa porque, enquanto eles lidavam cada um com os próprios problemas, ao mesmo tempo eles enfrentavam juntos um conflito muito maior: a Tempestade que caiu sobre A Casa das Hostesses!

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Cause I'm a Writer e Outras Histórias - Poetry Time 74

Essa, como eu já avisei, é a única poesia que foi escrita em 2010, nesse período eu já estava começando a escrever fanfics com mais fervor, já me dedicando a trabalhos longos, com capítulos, que acabaram tomando totalmente a minha inspiração e me fazendo deixar as poesias um pouco de lado, e é também a única poesia que existe entre as minhas antigas e as últimas poesias que eu me arrisquei a escrever no começo do ano passado, que se mostraram um pouco diferentes do que eu estava acostumada e que me deixaram bem feliz, apesar de terem saído com muito custo.

Pensando nessa poesia e na próxima que eu vou postar, a primeira das novas, que se chama "Cassandra" por motivos que vocês que leem esses textos do "Cause I'm a Writer" já conhecem, é interessante ver como elas parecem se completar. É como se uma puxasse a outra propositalmente, mas na verdade não foi assim. Elas tiveram quatro anos de diferença uma da outra e "Agonizando" nem estava no mesmo caderno com as outras que eu postei, eu a reencontrei realmente quando estava organizando as poesias pra postar aqui. Foi totalmente sem querer, mas elas falam sobre o futuro e sobre ver como o futuro vai ser e eu achei isso bem interessante!

Aqui novamente eu menciono o "Espelho Demoníaco" me observando e, eu não tenho certeza se já disse isso antes, mas uma explicação para essa metáfora seria mais ou menos o meu "eu-adulto", um "eu" de hoje, que sabe que nada dos sonhos de criança vai se tornar realidade e que eu vou ter de aceitar isso mais cedo ou mais tarde. Quanto mais tarde, mais dor... Foi uma dura lição...

Como eu já falei aqui também, eu tive uma tendência muito forte por muitos anos às artes cênicas e o Teatro é uma entidade muito forte nas minhas metáforas (e seria ainda mais, se eu conseguisse voltar a escrever poesias...)! Eu sempre gosto muito de usar a frase "o subir das cortinas", uma clara alusão a ele. Aqui também tem o verso "Se render teatralmente ao que vai me matando" na quarta estrofe que também faz menção a ele.

Um coisa muito importante que também está aqui é a ideia do primeiro verso da sétima estrofe "As rimas mancham esse simples papel". Eu sempre vi as rimas, as poesias e meus textos assim por diante como partes minhas que caíam no papel, como lágrimas ou como sangue...

Outra ideia que eu gosto muito e também está nessa sétima estrofe é a "Dos sonhos lindos evaporando..." não é bem legal pensar em sonhos evaporando como água? Eu gosto muito desse verso!

Mais uma vez eu falo sobre o "quarto escuro", que antes não tinha paredes ou janelas e não impedia a chuva de entrar, se lembram? Assim como em A Casa das Hostesses, depois da Tempestade, vem a Escuridão...

E pra terminar essa explicação, eu acho interessante que aquela criança inocente e sonhadora, que voava com as asas malfadadas na rosa da manhã se transformou num monstro devorador de almas e de esperança...

Poesia do dia 14 de janeiro de 2010 (quinta-feira)

Agonizando

Eu me sinto tão vazia que mal posso chorar.
A minha alma aqui dentro está se rasgando.
Em parte alguma, eu sinto a dor parar.
É terrível me manter respirando.

Eu sinto o ódio rangendo os meus dentes,
Sinto a dor profunda me despedaçando,
O gosto de sangue e de culpa em minha boca, bem quentes,
A loucura corre em minhas veias, me incitando.

O Espelho provocante torna-se mais demoníaco
Diante dos meus olhos, me ludibriando,
Debochando do desesperado batimento cardíaco
Do meu frágil coração ainda pulsando.

O meu viver quer rapidamente se acabar,
Se render teatralmente ao que vai me matando.
Eu quero, eu preciso de lágrimas pra chorar,
Pra jogar fora o que está definhando.

Já estou farta de fingir tudo aguentar,
Porque eu não vou mesmo acabar ganhando!
A quem eu estou tentando enganar?
Qualquer um sabe o final que está me esperando...

Uma parte de mim, desejava viver...
Quando foi que ela foi se acabando?
Que triste fim que a fez esquecer
A sua força pra continuar lutando?

As rimas mancham esse simples papel,
A fria realidade está agora despontando...
Um autorretrato tão cruel
Dos sonhos lindos evaporando...

Foi a falta de fé, de confiança?
Foi isso que um monstro acabou criando?
Um devorador de almas, de esperança?
Isso que agora eu vou me tornando?

É um novo e assustador quarto escuro...
Uma pura e inocente criança brincando...
Traços do triste vislumbre do futuro
Que com o subir das cortinas está começando...

domingo, 18 de janeiro de 2015

Cause I'm a Writer e Outras Histórias - Day 74



Jojoushi conta a história de uma garota que se apaixona por seu professor de música e eu temo que o achem um livro raso se considerarem muito só essa minha síntese, mas ele não é!

Porque esse não é um amor que pode facilmente encontrar seu caminho como os de "Glamorous" ou de "Wayback" (apesar de ser menos impossível do que o de "Blame", por exemplo *ri*), não apenas existe um problema na diferença de idade dos dois protagonistas, como o fato de serem professor e aluna causa muitos problemas ao longo do caminho também...

O que eu gosto em Jojoushi é que o Ponto de Relevância da história está na personalidade dos personagens, mais ou menos como em Glamorous e Wayback! Jojoushi, pra quem não sabe, significa "lírica" em japonês e eu tirei a ideia de uma música de uma das minhas bandas preferidas, o L'arc~en~ciel!

Como eu expliquei antes, esse foi o meu último livro desse sopro maravilhoso de inspiração que ficou comigo por tanto tempo e eu só fui sentar com uma boa ideia de novo na segunda metade de 2013. Mas isso não significa que eu passe 2011 e 2012 sem pegar numa caneta (alguém acredita que eu faria uma coisa dessas?)!

Nessa época, eu estava me dedicando a um projeto muito parecido com o "Cause I'm a Writer", de posts curtos no meu blog, intitulado "Lembra Quando Sexta-Feira era Dia do Brinquedo?" sobre algumas história que remetiam à minha infância e foi realmente uma experiência maravilhosa (apesar de 2012 também ter sido um ano ruim *ri* Céus, estou começando a ficar com medo de não ter tido um ano bom de verdade na última década...)

Esse projeto sobre a infância não me trouxe só a gratificação de relembrar histórias boas de um dos meus períodos mais maravilhosos, como me trouxe também um lindo presente que eu não canso de falar e falar em cada uma das coisas que eu escrevo *ri Ele me trouxe um livro, desse mesmo tema, com um autógrafo todo especial, do meu maior ídolo! Essa história, vocês já conhecem *ri* Mas foi exatamente por causa do "Lembra Quando Sexta-Feira era Dia do Brinquedo?" que o Pedro Bandeira me enviou seu livro, porque eu mandei pra ele o texto em que falava dele, porque falar de infância, sem Pedro Bandeira, não existe!

sábado, 17 de janeiro de 2015

Cause I'm a Writer e Outras Histórias - Poetry Time 73

É interessante que a poesia anterior se chamasse Almas Distantes e essa daqui se chame Alma, acho que eu estava bem ligada ao meu espiritual nessa época. Mas a verdade é que eu era quase capaz de sentir minha alma quebrada nesse ano (o que nos traz a um sintoma muito parecido com o que eu tenho sentido nos últimos meses...), como o verso "Sozinha, aguentei minhas feridas" dá a entender.

Novamente, eu falo de alguma coisa muito parecida com a Akai Ito que eu já expliquei aqui, quando falo sobre a "linha entrelaçada".

Poesia do dia 30 de novembro de 2009 (sexta-feira)

Alma

Nós dois fomos um dia separados,
Antes mesmo da origem dos tempos.
O silêncio dos corpos mascarados
É varridos por esses ventos...

Nossas lembranças ficaram adormecidas
Para que o tempo pudesse se cumprir.
Sozinha, eu aguentei minhas feridas
Sem que tivesse você pra me sorrir...

No espelho, eu me vejo devastada
E a areia escorre sem parar.
Pra ter a chave da linha entrelaçada
Abri mão das minhas asas ao pagar...

Eu não fui capaz de compreender
O quão alto seria esse preço...
Não imaginei o quanto iria me doer
Ser sua sem lhe ter desde o começo...

Viver não devia ser um tormento.
Sem você, como eu vou sobreviver?
Eu tento continuar, juro que tento...
Mas nada deixa dessa dor eu me esquecer...

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Cause I'm a Writer e Outras Histórias - Day 73



Vejam bem: quando eu comecei a escrever Wayback Into Love, no meu Ano Dourado de 2010 (que, assim como 2014, foi um ano bom para minha produção literária e ruim no resto...), a imagem que me veio à mente, a primeira inspiração, como eu já expliquei por aqui diversas vezes, não foi o começo da história!

Não, primeiro veio a ideia de seguir a música que dá nome ao livro, depois a ideia do protagonista ser um bombeiro, mas o livro inteiro nasceu de uma frase: "Eu achava que, pior do que morrer em uma tragédia, era sobreviver a uma"...

Quando aquela ideia tomou conta de mim, eu soube que queria escrever um protagonista que pensasse assim, sabia que estava pronta pra escrevê-lo! Apesar de ser uma frase profundamente depressiva, eu gosto dela, gosto desse pensamento e fico orgulhosa por tê-lo em um livro meu!

Desde "Ser e Estar" que eu não escrevia um livro com Pontos de Vista alternados também e foi bem interessante retornar a isso! Foi ainda mais interessante e divertido balançar entre uma garota cheia de sonhos que tenta lidar com o ambiente hostil de outro país e um rapaz que trabalha ajudando as pessoas, mas mal consegue escapar dos próprios fantasmas!

Wayback Into Love ficou um livro emocionalmente profundo e maduro, no meu ponto de vista e eu o acho um livro muito bom, que fechou com chave de ouro meu 2010!

Meu 2010 de Unmei, de Guilty, de Glamorous Night, de Blame e de Mais que a Mim! São anos como esse que ainda me dão forças para continuar escrevendo, quem sabe um dia eu não volto a encontrar esse sopro literário de novo?

Desse desenrolar de inspiração, uma última obra ficou para o começo de 2011 e foi Jojoushi, que eu vou falar no próximo texto mais profundamente, mas ele foi o último e eu só fui conseguir sentar e escrever desse jeito de novo em 2013...

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Cause I'm a Writer e Outras Histórias - Poetry Time 72

Essa poesia é a última de 2009 (se bem que estava em novembro, então isso não é tão ruim assim...) e depois só tem mais uma que foi escrita em 2010 antes de chegar nas novas que eu escrevi no ano passado... Meu Deus! Já estamos acabando os posts do "Cause I'm a Writer"!

Nela mais uma vez, sutilmente, está o tema da Akai Ito, sobre duas pessoas que nasceram predestinadas a se encontrarem.

O que eu mais gosto nessa poesia são os dois primeiros versos da terceira estrofe: "Por que tudo a minha volta é tão cinzento/ E sobre mim nunca para de chover?". Mais tarde, quando eu começar a falar sobre o terceiro livro da Casa das Hostesses, "Storm", eu vou voltar a esse assunto da chuva num texto só sobre isso!

Poesia do dia 06 de novembro de 2009 (sexta-feira)

Almas Distantes

Por que você não está aqui
E me faz chorar mais uma vez?
Por que a vida teima em sorrir
Se em mim o sorriso se desfez?

Por que dói tanto esta solidão
Se eu ainda não conheci a companhia?
Por que tem que doer meu coração
Na ausência da sua alegria?

Por que tudo a minha volta é tão cinzento
E sobre mim nunca para de chover?
Por que minha consciência teima em ser meu tormento
Para cada novo amanhecer?

Por que eu sou assim tão inconstante
Se tudo o que eu tenho é minha certeza?
Por que esperar você é tão angustiante
E eu me afundo mais nessa tristeza?

Nossas almas, antes separadas,
Agora sofrem pra se reencontrar.
Porque, mesmo depois de vidas passadas,
Eu continuo a te procurar...

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Cause I'm a Writer e Outras Histórias - Day 72



Meu livro "Wayback Into Love" foi baseado na música homônima que está no filme Letra e Música com Drew Barymore e Hugh Grant, escrito e dirigido por Marc Lawrence (responsável também por "Miss Simpatia") e cada um de seus capítulos ganhou nome com um trecho dessa música.

Eu tive a ideia de um romance entre um bombeiro marcado por seu passado e uma garota sozinha em outro país quando li a entrevista de um dos meus cantores preferidos em que ele falava sobre sua infância e sobre como sonhava em ser bombeiro. Eu me peguei imaginando como seria se ele tivesse realizado esse sonho ao invés de seguir a carreira de músico e a história veio direto na minha imaginação.

Repensando agora sobre essa história e todo esse conceito de retornar ao caminho do amor, é uma história sobre superar um trauma do passado e sobre lidar com a perda, seguir em frente e isso me faz gostar ainda mais desse livro!

Eu não me lembro com certeza, mas eu comecei a escrever esse livro um pouco antes de "Mais que a Mim". 2010 foi um ano muito louco mesmo! Minha produção literária estava a mil! Foram seis livros só naquele ano! Espero ter um ano como aquele no futuro...

Wayback Into Love foi um livro em que, eu pelo menos acho, se focou mais do que a maioria no amor, no romance crescendo entre os dois protagonistas, porque essa é, como o nome sugere, a parte importante do livro, um reencontro com a capacidade humana de se apaixonar. Existe o artifício do "amor à primeira vista", mas nesse eu tenho quase certeza de que cheguei bem perto de conseguir mostrar o processo sutil de se apaixonar! Não perfeitamente, é claro, porque é um livro com poucos capítulos (talvez um do tamanho de "Tormenta de Espadas" consiga ser mais preciso em mostrar como duas pessoas se apaixonam...), mas eu devo ter chegado perto!

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Cause I'm a Writer e Outras Histórias - Poetry Time 71

Essa é mais uma das minhas poesias cinzentas que eu gosto e, acho que eu já falei isso aqui antes, mas não tem problema ressaltar, eu acho que gosto mais dessas poesias do que das poesias românticas e apaixonadas do começo...

Sempre que alguém novo descobre que eu escrevia poesia e me pede pra ler alguma, eu acabo mostrando "Fusco" porque eu me orgulho muito dela! Muito mesmo! Acho que ela é bastante direta, clara e, ainda assim, poética e melódica!

Nela eu volto a falar sobre minhas "asas perdidas" e sobre a Escuridão que me cercou (e que vai aparecer no próximo livro da Casa das Hostesses), sobre ter chegado à "Noite" e sobre desejar acordar de novo no "Amanhecer"... Acho que ela não precisa de grandes explicações...

Poesia do dia 21 de setembro de 2009 (segunda-feira)

Fusco

Noite profunda, sem nenhum luar,
Onde está a luz nessa Escuridão?
Mesmo cansada, não posso parar...
É difícil ver outra opção...

Eu me afundo nessa dor louca,
Talvez, eu apenas goste de chorar...
A fuga, mesmo que seja pouca,
Tenta aos poucos me aconchegar...

Adeus, asas perdidas!
Eu as encontro ao amanhecer...
Conviver com minhas feridas
É só o que posso fazer...

Eu quero dessa vida me esquecer,
Quero tocar, tão longe, aquela luz...
Quero docemente adormecer
Na liberdade que tanto me seduz...

domingo, 11 de janeiro de 2015

Cause I'm a Writer e Outras Histórias - Day 71



É claro que depois de falar sobre "Mais que a Mim", eu tenho de fazer um texto especial para o Vitor!

Primeiro, o que eu quero contar é sobre a origem do nome dele! Vitor é o nome que eu gostaria de dar ao meu filho quando ele nascer (vamos torcer pra que ele seja tão fofinho quanto o do livro *ri*), porque é o nome de uma pessoa que foi muito importante pra mim (talvez vocês já tenham ouvido alguma coisa a respeito dele por aqui...)

Segundo, como eu já contei também no outro texto que escrevi sobre o livro no começo do ano passado, o livro bem que podia se chamar "Vitor Yune" porque Mais que a Mim é o amor que existe por ele! E o livro é feito pra ele! Ele é o protagonista dessa história!

Eu amava escrever as cenas tanto da Sumiko e do Kaue, quanto dos outros interagindo com o Vitor porque era a parte mais divertida de todas, o Ponto de Relevância do livro é toda a personalidade desse menininho de cinco anos que conquistou o coração de todas as minhas leitoras e não deixou chance para nenhum dos outros personagens nessa competição! *gargalhando*

Acho que o Vitor Yune é meu personagem preferido porque ele transformou toda essa história e toda a minha vida como se fosse uma pessoa com quem eu convivo, que eu conheço... Ele foi o desafio desse livro porque eu queria que ele tivesse esse sentimento, eu queria que ele parecesse assim real e só não calculei o quanto eu desejaria que ele fosse real ao fazê-lo assim... Fui pega por minha própria armadilha... *ri*

Mais que a Mim é um amor que já existiu e que eu espero que um dia exista de novo... É ingenuidade minha esperar que a vida imite a arte?

sábado, 10 de janeiro de 2015

Cause I'm a Writer e Outras Histórias - Poetry Time 70

Acho que já está batido dizer aqui que essa é minha poesia preferida, afinal, eu selecionei só algumas pra postar e dividir aqui com vocês, então é bem óbvio que eu gosto delas, né? *ri* Com "Daybreak" isso não é diferente! Eu realmente gosto das construções frasais dessa poesia, da maneira como um verso consegue completar o outro com sonoridade, o que é uma coisa muito importante pra mim!

Acho que nunca tinha falado nisso antes aqui... Quem tem acompanhado desde a primeira poesia que eu postei aqui no "Cause I'm a Writer" deve ter percebido que nem sempre meus versos são muito uniformes, uns são maiores, outros menores e métrica é uma coisa que nunca me preocupou muito na hora de escrever (eu até já tentei escrever uma poesia com versos métricos, mas, como também dá pra ver por aqui, se analisarmos, não ficou bom e acabou não entrando nas selecionadas pra vir pro blog). O que era meu principal objetivo escrevendo poesia era a sonoridade dos versos, se eles sonoramente ficassem compatíveis, pra mim já estava mais do que bom, mesmo que um fosse maior do que o outro!

Eu escreveria um texto enorme aqui, exemplificando verso a verso e acabaria colocando a poesia duas vezes nesse post, então vou me conter (hora de apertar o Botão do Não-Vou-Não *ri*) e falar só sobre a última estrofe, que acho que foi uma das coisas mais inteligentes que eu já escrevi (será que tem quem concorde? *ri*)

Eu já expliquei que pra mim falar sobre "o dia" ou "a manhã" está relacionado com a infância, assim como "a noite" com a maturidade ou com o processo de crescer. Em 2009, eu estava com 19 pra vinte anos, no meu primeiro ano de faculdade (que acho que foi muito mais difícil do que o último) e com certeza eu sentia "o dia tendo fim" e "a luz da lua" prevalecendo... Eu não tinha mais escolha: eu tive de crescer!

Poesia do dia 31 de março de 2009 (domingo)

Daybreak

Eu já não sou mais o que eu era...
Não existe algo pelo que voltar...
Sou pouco mais que uma quimera,
Um corpo oco por aí a andar...

Eu continuo só porque é preciso,
Não faço nada além de convencer
Que é de verdade meu falso sorriso,
Que eu faço certo ao esperar você...

Estou apostando alto nesse sonho,
Porque já não tenho como suportar
Que ao meu redor é tudo enfadonho,
Bobo e cruel ao me encarar...

Pra que os meios, eu só quero os fins...
Quero que tudo já tenha passado.
Pular todas as fases ruins
E receber só o bom resultado.

É angustiante ainda estar parada.
Por que é tão difícil voltar a viver?
Eu preciso ser logo resgatada,
Já está na hora da vida acontecer...

Eu não me importo de tudo desistir,
Pois não é aqui que eu devia estar.
Se você me ouvisse como eu posso lhe ouvir
Você já saberia onde me encontrar...

Já bastam minhas asas perdidas,
Não quero ter os sonhos quebrados...
Não venham com palavras intrometidas
Que enegrecem meus dias ensolarados.

Eu sinto, pouco a pouco, o dia tendo fim.
A luz da lua está prevalecendo.
O importante agora pra mim
É sonhar com outro amanhecendo...

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Cause I'm a Writer e Outras Histórias - Day 70



No começo do ano passado, eu já postei um texto falando sobre Mais que a Mim, mas eu prometo escrever mais coisas agora, não vai ser o mesmo texto!

Como eu já contei, esse livro nasceu da imagem do Vitor Yune abrindo a porta pro Kaue quando ele volta no capítulo dois e essa é uma cena verdadeiramente importante porque é um primeiro encontro e um reencontro e é como se nós abríssemos aquela porta também, pra que essa história pudesse entrar em nós!

Eu sou completamente apaixonada por essa história e isso não é segredo pra ninguém, da mesma maneira como minhas leitoras também são e, talvez seja pretensão minha, mas quem não seria? É uma história de amor bonita entre o Kaue e a Sumiko, capaz de envolver tanto quanto o pequeno Vitor Yune com suas mãozinhas fofinhas e adoráveis!

Esse também é um livro em que eu quis dar um pouco mais de destaque para os personagens secundários (afinal de contar, não é porque o Vitor rouba os holofotes, que os outros não vão se esforçar pra brilhar um pouquinho também!), não ficou uma Casa das Hostesses, mas eu juro que me esforcei *ri*

Quando eu terminei de escrever Mais que a Mim, eu deixei no final uma possibilidade de continuação, mas é difícil porque esse é um primeiro livro imbatível! Mas, no ano passado, eu finalmente consegui ter uma ideia que realmente me agradou pra voltar a essa história e a esses personagens!

Ainda não é uma ideia concreta, nem tenho muito o que revelar além do que o final já sugeriu (ou seja, só quem leu sabe do que eu estou falando *ri*), mas eu prometo me esforçar ainda mais quando começar a escrever, então aguardem Um Trovador Cheio de Estrelas, a continuação super fofa de Mais que a Mim!

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Cause I'm a Writer e Outras Histórias - Poetry Time 69

Acho que o principal que eu preciso falar sobre essa poesia é que ela nasceu do verso "Tanta vida a se desperdiçar" no final da primeira estrofe. Dá pra perceber que, assim como meus livros que não nascem da primeira cena, minhas poesias também não nasciam do primeiro verso, apesar de "desabrocharem" dele sequencialmente depois que eu começava a escrever. Preciso parar finalmente e voltar a escrever alguma coisa grande pra ver se isso acontece com meus livros também, mas eu acho que o processo era bem diferente...

Esse verso resume bem meus anos de 2008 e 2009, que eu já mencionei brevemente terem sido muito difíceis, tanto é que isso refletiu pesadamente nas minhas poesias, como se minha vida estivesse sendo desperdiçada... E isso ecoa na minha mente até hoje, como uma ferida que eu teimo em não deixar cicatrizar...

Uma outra consideração que eu preciso falar sobre ela se encontra no verso "Que prometeu as nossas almas entrelaçar..." que fecha a penúltima estrofe. Eu falei um pouco sobre Akai Ito quando expliquei "Unmei" e é exatamente sobre isso que esse verso trata também, duas pessoas ligadas por suas almas, por seus corações ou por uma linha invisível que os liga um ao Destino do outro.

Poesia de 13 de fevereiro de 2009 (sexta-feira)

Espera

Onde está meu céu que nunca vem?
Liberdade tão sofrida de sonhar...
O que há de errado para não vir ninguém?
Tanta vida a se desperdiçar.

Por que você teima em ficar tão distante?
Por que eu não posso simplesmente te alcançar?
Sozinha aqui nesta situação angustiante
Eu não consigo sentar e esperar...

Eu perdi as asas da minha manhã...
Perdi a maneira perfeita do Tempo enganar...
E me prendi descrente numa divindade pagã
Que prometeu as nossas almas entrelaçar...

Você é o Sol que ilumina meu viver.
É o sonho lindo que me faz sempre despertar.
É tão difícil seu vazio ainda doer...
Vem depressa, pra vida começar!

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Cause I'm a Writer e Outras Histórias - Day 69

Yuuki Kuran, do anime "Vampire Knight"


Em Blame, nós descobrimos que existem Vampire Hunters que são verdadeiras lendas.  Um deles, um dos maiores da história, é apenas mencionado no livro e é o dono da primeira continuação que eu pretendo escrever: Tsukoi Fujiwaara!

A família dele tem um histórico longo de caçadores de vampiros e em "As Aventuras de Tsukoi Fujiwara" eu pretendo contar sobre a transformação dele, desde o momento em que seu avô revela pra ele sobre os segredos dos vampiros, o momento em que ele se torna o maior dos caçadores já conhecidos até mostrar quando sua história se liga à história de Blame.

Uma coisa que eu tenho decidido sobre esse livro (das que eu posso contar, é claro!) é que o protagonista de Blame, Akira, não terá nenhuma interferência nesse livro, talvez ele não seja nem mencionado... Como esse é um livro que acontece alguns anos antes de Blame, eu acho que é compreensível!

O segundo livro, "As Crônicas da Noiva Caçadora, Tsukoi Kakuro), começa EXATAMENTE onde o primeiro livro termina e também vai contar o desenvolvimento dela como Vampire Hunter. Esse, pra quem já teve contato com Blame, deve saber que, terá muito mais da ideia inicial e nesse sim o Akira vai aparecer, mas muito pouco.

Uma última coisa que é importante dizer é que eu com certeza vou precisar reescrever Blame inteira por causa desses dois novos livros e principalmente modelar melhor sua forma, para ganhar status de livro e ser tão bem repensado como eu tenho feito com seus irmãos! Porque ele não merece nada menos que isso da minha dedicação, sem sombra de dúvida!

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Cause I'm a Writer e Outras Histórias - Poetry Time 68

Eu realmente gosto dessa poesia, acho que foi uma poesia que eu escrevi já pensando nas coisas que eu tenho contado por aqui, sobre a construção, sobre a continuidade e a coesão com algumas das anteriores, sobre sentido...

Simplesmente amo os dois últimos versos da segunda estrofe: "Abandonar nossas asas mal fadadas/ Pra encarar no espelho o que não seríamos". Deixar pra trás a infância e encarar o que temos de ser deve ser uma das coisas mais difíceis de fazer na vida e eu gosto de como essa frase expressa isso da maneira certa!

Mas eu realmente acho que a terceira estrofe é a mais legal: "Ah, espelho demoníaco me aguardando.../ Sorrindo na espreita por me ver tão ansiosa./ Um sorriso triste da liberdade se apagando,/ Na mão, as despetaladas partes de minha rosa."  Sempre coloquei a "rosa" como a infância, assim como as "asas" e a "manhã" e ter uma figura, um "espelho demoníaco" que, além de mostrar aquilo que não escolheríamos ser, ainda nos encara sorrindo com essa rosa despetalada é realmente assustador...

Acho que é uma das minhas poesias mais profundas, pelo menos pra mim...

Uma última coisa, antes de seguir para a poesia, que tem tudo a ver com os textos do "Cause I'm a Writer": minha prima me mandou uma palestra da Elizabeth Gilbert, escritora de "Comer, Rezar, Amar" muito interessante sobre o processo criativo de um escritor que merece ser apreciada! Ela me emocionou de verdade!

http://www.ted.com/playlists/170/kickstart_your_creativity?utm_content=buffer933db&utm_medium=social&utm_source=facebook.com&utm_campaign=buffer

Poesia do dia 02 de fevereiro de 2009 (segunda-feira)

Em Vida

A vida nos obriga a fazer um estranho curso
E a não perceber as transformações do caminho,
Encaramos como nossa decisão aceitar o último recurso,
Surpreendendo o final chegar sozinho.

Tantas coisas tem de ser deixadas...
Escolhas que, por fim, nós não faríamos...
Abandonar nossas asas mal fadadas
Pra encarar no espelho o que não seríamos.

Ah, espelho demoníaco me aguardando...
Sorrindo na espreita por me ver tão ansiosa.
Um sorriso triste da liberdade se apagando,
Na mão, as despetaladas partes de minha rosa.

Minha tão delicada rosa da manhã
Que agora, no poente, jaz partida.
Consomem-se as asas numa noite vã,
Não se regeneram nessa despedida.

domingo, 4 de janeiro de 2015

Cause I'm a Writer e Outras Histórias - Day 68



Da mesma maneira como Glamorous Night nasceu do pedido de uma amiga, assim também nasceu Blame!

Eu sempre fui apaixonada por vampiros, mas nunca me considerei uma grande especialista na cultura e nem acho que o que eu fiz ficou como eu gostaria no final (ou como eu faria se escrevesse agora)... Eu não gostaria que alguém lesse Blame e concluísse que eu estraguei um conceito que é tão adorado por tanto tempo e por tantos leitores...

Claro que eu não resisti em acrescentar uma boa dose de romance e brincar com a ideia de um vampiro se apaixonar por um mortal... (Opa! Será que isso é spoiler? *gargalhando*) Mas porque esse é realmente meu estilo de escrita e porque uma das características que eu mais gosto nos vampiros é o quanto eles conseguem ser sedutores.

Mas eu gostei bastante de inventar algumas particularidades para meus vampiros (meu Ponto de Relevância!) e foi isso que me fez escrever esse livro, na verdade... Quando eu tive essa ideia, o livro praticamente veio pronto na minha cabeça.

Eu não vou entrar em detalhes aqui sobre essas particularidades (por motivos óbvios!), mas não é (ou pelo menos, acredito que não...) nada que modifique a essência dos vampiros!

É claro que eles são o mais importante em Blame, mas o que eu realmente gostei de criar para o livro são meus Vampire Hunters! E eu gostei tanto da ideia deles (não que seja uma ideia original de caçadores de vampiros, mas eu gosto dos meus) que tenho a intenção de escrever um livro para eles também! Essa intenção, na verdade, nasceu no momento em que eu terminei Blame em meados de 2010, 2011, mas eu ainda não consegui concretizar... Só ano passado mesmo que eu consegui colocar no papel a estrutura do que eu quero escrever!

Não sei se esse texto enrolou muito e disse pouco do livro (acho que sim), mas no próximo, prometo falar um pouquinho sobre essas continuações de Blame que serão focadas nos Vampire Hunteres e eu espero que entusiasmem!

sábado, 3 de janeiro de 2015

Cause I'm a Writer e Outras Histórias - Poetry Time 67

Essa é uma poesia difícil de explicar diretamente, sem entregar a história inteira... Não acho que essa seja uma história que eu queira contar de verdade, apesar de já ter feito algumas tentativas quase secretas, mas a verdade é que existe mais verdade nas histórias que um contador de histórias não conta...

Eu gosto muito das rimas dela, dos jogos de palavras que eu consegui fazer, como na primeira estrofe ("... seu tormento,/ Seu algoz, seu atroz, o seu veneno,/ O desmoronar do seu casamento...").

Eu também gosto muito do verso "Eu jamais imaginei roubar seu trono". É como um jogo de xadrez, um jogo de xadrez que eu contei num texto mais ou menos antigo, chamando "Adeus". Vou copiar aqui alguns trechos desse texto que tem ligação com essa poesia:

"(...)Eu tinha me jogado naquela que seria nossa última partida de xadrez. Uma partida onde duelavam a minha mágoa e o seu medo. Aquele medo que sempre me machucou. Aquela culpa que eu sentia pesar em meus ombros todas as vezes que obriguei meu olhar a sustentar o dele. Todas as palavras que eu engolira por respeito e, até mesmo, por admiração(...)".

"(...) Eu sempre sentira tudo de uma vez e ele, uma por vez. Tentava entender, captar sua linha de raciocínio pra decifrar seu próximo movimento. A expectativa sempre me traía, me deixando nervosa.
Ele sacudiu a cabeça vagarosamente e deu de ombros, respirando profundamente.
Eu não entendi, ainda assim, assenti, também enchendo os pulmões.
Uma ruptura quase indolor. Sem palavras, sem gestos, sem nada. Afinal, o que era a distância? Era uma distância física, mas não era diferente da distância que por anos nos separou...
Ainda assim, eu esperava ao menos um abraço. Um abraço de despedida... (...)".

Eu não consigo me decidir no que é mais irônico, considerando as circunstâncias atuais... A poesia ou o texto... Talvez o texto, por se chamar "Adeus"... Mas também não existem mais duelos ou partidas de xadrez... Posso dizer, que deu empate...

Poesia do dia 22 de janeiro de 2009 (quinta-feira)

Duelo

E agora que eu me vejo seu tormento,
Seu algoz, seu atroz, o seu veneno,
O desmoronar do seu casamento
Ser causado por um ser tão pequeno.

Eu não sei o que o faz ter tanto medo,
Eu jamais imaginei roubar seu trono.
Sua preocupação em descobrir o meu segredo
Não devia incomodar tanto seu sono.

Você devia do meu brilho, se orgulhar,
Sem pensar numa futura traição.
Foi crescendo que eu aprendi a não olhar,
Não me entristecer a mágoa dessa condição...

Mas agora, eu sei que não tem volta,
Não há como escapar desse duelo...
Por anos, eu contive essa revolta,
Mas, por sua desconfiança, me rebelo.

quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

Cause I'm a Writer e Outras Histórias - Day 67

com vocês eu iria até o infinito!


O post de hoje do "Cause I'm a Writer" é muito mais do que especial! Além de ser o primeiro post do ano, também é em comemoração ao aniversário da minha mãe!

Se existe alguém que é responsável pelo fato de eu ser escritora com certeza é ela! Minha mãe me ensinou a brincar com minha imaginação e me apresentou o mundo maravilhoso dos livros!

Foi por causa dela que eu mergulhei de cabeça no mundo da Literatura e comecei a acreditar em fadas, em faz-de-conta e em sonhos que podem se realizar!

Foi por causa dela que eu já quis ser bailarina, atriz, poetiza, escritora... Foi ela que me fez querer voar, seguindo a primeira estrela à direita, seguindo até de manhã pra Terra do Nunca!

Sem saber, ela moldava toda a base da escritora que hoje existe em mim e que não consegue mais existir sem papel e caneta na mão!

Minha mãe é  uma mulher admirável e forte, com garra, batalhadora e doce, gentil e inteligente, sempre me dizendo que a única coisa que eu preciso ter na vida é coragem! Coragem de viver, de sonhar, de ser eu mesma!

Eu tenho muito orgulho de ser sua filha e, mesmo que meio aos tropeços, meio perdida nos caminhos que quero e que devo escolher, estou fazendo o meu melhor pra que se orgulhe de mim!

Pro seu aniversário e pra esse primeiro post do ano, eu te desejo um ano de 2015 maravilhoso, toda felicidade do mundo, muitas realizações e muitas vitórias! Eu desejo que ainda exista em você sem faltar nenhum pedaço aquele antigo sonho de voar, se lutar contra piratas e viver pra sempre... Viver pra sempre seria uma grande aventura!

Feliz Aniversário!