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sábado, 10 de janeiro de 2015

Cause I'm a Writer e Outras Histórias - Poetry Time 70

Acho que já está batido dizer aqui que essa é minha poesia preferida, afinal, eu selecionei só algumas pra postar e dividir aqui com vocês, então é bem óbvio que eu gosto delas, né? *ri* Com "Daybreak" isso não é diferente! Eu realmente gosto das construções frasais dessa poesia, da maneira como um verso consegue completar o outro com sonoridade, o que é uma coisa muito importante pra mim!

Acho que nunca tinha falado nisso antes aqui... Quem tem acompanhado desde a primeira poesia que eu postei aqui no "Cause I'm a Writer" deve ter percebido que nem sempre meus versos são muito uniformes, uns são maiores, outros menores e métrica é uma coisa que nunca me preocupou muito na hora de escrever (eu até já tentei escrever uma poesia com versos métricos, mas, como também dá pra ver por aqui, se analisarmos, não ficou bom e acabou não entrando nas selecionadas pra vir pro blog). O que era meu principal objetivo escrevendo poesia era a sonoridade dos versos, se eles sonoramente ficassem compatíveis, pra mim já estava mais do que bom, mesmo que um fosse maior do que o outro!

Eu escreveria um texto enorme aqui, exemplificando verso a verso e acabaria colocando a poesia duas vezes nesse post, então vou me conter (hora de apertar o Botão do Não-Vou-Não *ri*) e falar só sobre a última estrofe, que acho que foi uma das coisas mais inteligentes que eu já escrevi (será que tem quem concorde? *ri*)

Eu já expliquei que pra mim falar sobre "o dia" ou "a manhã" está relacionado com a infância, assim como "a noite" com a maturidade ou com o processo de crescer. Em 2009, eu estava com 19 pra vinte anos, no meu primeiro ano de faculdade (que acho que foi muito mais difícil do que o último) e com certeza eu sentia "o dia tendo fim" e "a luz da lua" prevalecendo... Eu não tinha mais escolha: eu tive de crescer!

Poesia do dia 31 de março de 2009 (domingo)

Daybreak

Eu já não sou mais o que eu era...
Não existe algo pelo que voltar...
Sou pouco mais que uma quimera,
Um corpo oco por aí a andar...

Eu continuo só porque é preciso,
Não faço nada além de convencer
Que é de verdade meu falso sorriso,
Que eu faço certo ao esperar você...

Estou apostando alto nesse sonho,
Porque já não tenho como suportar
Que ao meu redor é tudo enfadonho,
Bobo e cruel ao me encarar...

Pra que os meios, eu só quero os fins...
Quero que tudo já tenha passado.
Pular todas as fases ruins
E receber só o bom resultado.

É angustiante ainda estar parada.
Por que é tão difícil voltar a viver?
Eu preciso ser logo resgatada,
Já está na hora da vida acontecer...

Eu não me importo de tudo desistir,
Pois não é aqui que eu devia estar.
Se você me ouvisse como eu posso lhe ouvir
Você já saberia onde me encontrar...

Já bastam minhas asas perdidas,
Não quero ter os sonhos quebrados...
Não venham com palavras intrometidas
Que enegrecem meus dias ensolarados.

Eu sinto, pouco a pouco, o dia tendo fim.
A luz da lua está prevalecendo.
O importante agora pra mim
É sonhar com outro amanhecendo...

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