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sexta-feira, 8 de setembro de 2017

Setembro Amarelo



Essa é com certeza uma das campanhas mais bonitas que nós temos, não desmerecendo as outras, que são tão importantes quanto, mas as doenças mentais ainda são muito marginalizadas e precisam de todo um cuidado e toda atenção que pudermos dedicar a elas!

É muito importante que as pessoas entendam que todo aquele que tira a própria vida ou que deseja tirar a própria vida está passando por uma situação muito mais complicada do que a estigmatização nos permite enxergar!

No Brasil, acontece 1 suicídio a cada 45 minutos! No mundo, é 1 a cada 40 SEGUNDOS! É uma taxa de mortos maior do que a AIDS e o câncer!

Mas o que significa "valorizar a vida" afinal? Será que realmente todas as pessoas estão abertas para conversar sobre esse assunto e tirá-lo do âmbito do tabu?

Um dos principais motivos para o suicídio é a falta de valorização da vida e é por isso que a campanha é tão importante! Ninguém deveria se sentir menos do que o outro, ninguém deveria se sentir sem importância!

Valorizar a vida é proteger um ao outro, perceber o outro, notar que alguma coisa está errada! Nós precisamos enxergar o outro e nos importarmos mais!

Espero vê-los no próximo
Déborah Felipe

quinta-feira, 7 de setembro de 2017

07 de Setembro de 2017


A única coisa que eu tenho a dizer sobre o dia de hoje é que é uma grande hipocrisia dizer que é o "dia da independência" com o país no estado em que está!

Quando a Escuridão Chegar


Mais uma vez, eu pensei em escrever sobre depressão por causa de uma música que eu escutei, eu comecei todos esses textos principalmente por causa da música que eu descobri da Katy Perry e fui trabalhando ao longo de todo um mês em cima das minhas poesias e de como a doença se manisfesta artisticamente.

Essa é outra música que eu nunca tinha escutado antes, da Colbie Caillat, "When the Darkness Comes", ela é de 2013 e foi feita para o filme "Os Instrumentos Mortais" da autora Cassandra Clare, aparentemente baseada na história do livro.

Eu não cheguei a ler o livro, então não posso fazer uma interpretação mais profunda sobre a conexão com a música, mas o que me fez vir aqui escrever foi a seguinte frase:

"I'll be bere waiting, hoping, praying that this light guide you home"

"E estarei aqui esperando, desejando, rezando pra que essa luz te guie pra casa"

"When you feeling lost, I'll leave my love hidden in the sun for when the darkness comes"

"Quando você se sentir perdido, eu deixarei meu amor escondido no sol pra quando a escuridão chegar"

Bom, pra quem acompanhou cada um dos textos sobre minhas poesias cinzentas, já entendeu a conexão que eu fiz com essa música. A Escuridão chega, ela se aproxima e toca aquela pessoa, ela domina, mas aparentemente não é sempre, como se ela tivesse altos e baixos.

Mas o que eu mais gostei nessa música é que ela, diferente da que eu coloquei aqui da Katy Perry, da Kelly Clarkson e das minhas próprias poesias, "When the Darkness Come" não é uma música sobre si mesmo e mas sobre uma pessoa que ama alguém que convive com a doença, alguém que reconhece os sintomas, alguém que quer ajudar essa pessoa! Isso torna a música ainda mais bonita!

Novamente, eu não sei se foi feita exclusivamente para o filme, mas a letra é tão profunda e tão sensível que, se ela diz uma coisa diferente para cada um, talvez ela tenha alcançado o mais próximo da perfeição!

Espero vê-los no próximo
Déborah Felipe

terça-feira, 5 de setembro de 2017

Dia dos Irmãos - 05 de setembro de 2017



Nada melhor pro post 801 do que falar do dia de hoje!
3 irmãos fantasiados de 3 irmãos pro dia dos Irmãos ser celebrado com competência!
Eu podia dizer um monte de coisas sentimentais aqui que me fariam chorar muito enquanto eu escrevo, mas isso seria muito previsível!
Muito obrigada pelas aventuras (que sejam menos fatais que as dos Washingtons, pelo amor de Deus!!!)
Amo vocês dois!

Gratidão


É estranho fazer esse texto, porque eu não fiz os outros, mas... Escritor sabe? Escritor não presta muita atenção em nada e às vezes perde a saída e precisa fazer todo o retorno de novo...

Mas é! Esse é o 800º post desse blog (eu nem sei pronunciar esse número! Humanas sabe nada de números!) e eu não consigo acreditar (e nem acreditaria, se não tivesse o marcador que o site me mostra, porque eu não iria contar quantos textos já escrevi).

Escrever é o que me mantem viva, é o que me ajudou a seguir em frente e lutar contra a Depressão, é o que me trouxe amigas leais e maravilhosas, é o que me faz me olhar e sentir orgulho de mim mesma! Eu sou feita mais de tinta e papel do que de carne e sangue...

Eu sou aquela poesia que saiu voando e ninguém conseguiu escrever, sou aquele livro que te faz companhia numa noite de insônia, aquele conto que distrai seu coração quando você quer chorar!

Nem percebi quando cheguei no 100º post, imagina que loucura foi perceber que já estava no 800º? Mas eu não estava prestando atenção porque estava fazendo aquilo que eu faço com o coração, estava fazendo o que me faz mais feliz!

Bem que eu queria ter pensado em alguma coisa super especial pra esse post, mas eu não consigo inventar as coisas sob pressão e eu já escrevi sobre muitas das coisas que eu gosto e que eu queria falar aqui (por isso chegamos a esse post)! O caminho que nos trouxe até aqui é o que torna esse post especial!

Só o que eu espero do futuro é estar fazendo alguma coisa certa! Alguma coisa que vai fazer com que meu eu bem mais velho olhe pra trás e se sinta orgulhosa! Que venha o futuro!

Vejo vocês no próximo
Déborah Felipe

Explicando minha Depressão para minha mãe - uma conversa


Esse é um dos vídeos mais bonitos falando sobre Depressão! Eu gosto muito dele!
Muitas das coisas que eu falei nas minhas poesias, estão no texto dela!
E acho que o que é mais bonito nesse vídeo é a urgência com que ela fala, tentando explicar como é viver com a doença pra alguém que não entende, como é desesperador tentar explicar uma coisa que mal se entende de verdade!

Vejo vocês no próximo
Déborah Felipe

segunda-feira, 4 de setembro de 2017

O Poder de um Escritor


Hoje faz um mês que eu comecei a postar esses novos textos aqui no blog e eu não podia simplesmente abandonar sem dizer nada a respeito!

Eu já disse que escrever foi o que me salvou de afundar completamente na minha Depressão e e voltei esse ano, tanto para o blog quanto para o Nyah! porque eu precisava me reencontrar, então eu decidi seguir os últimos passos que eu me lembrava...

Minha intenção ao escrever cada um desses textos era essa, a de fazer companhia para quem está se sentindo sozinho, pra quem está perdido, pra quem não entende o que está acontecendo consigo mesmo! Era de tentar guiar, explicar e de principalmente valorizar cada uma das pessoas que chegaram aqui! Eu prego tanto o acolhimento da Casa das Hostesses que precisava começar a vivê-lo na pele!

Mas meu pensamento quando escrevi essa frase da capa aconteceu numa noite em que eu estava com muita dor de estômago e não conseguia dormir nem ficar deitada em minha cama. Eu fui pra cozinha, a casa toda dormindo e, ao invés de ficar no Facebook ou no Instagram, eu fui pro Nyah!, eu tinha começado a ler uma fanfic muito bem escrita de um casal que eu gosto e queria saber como terminava a história. 

Enquanto eu lia, eu não me senti sozinha, eu nem vi o tempo passar, nem senti o frio que estava na cozinha comparada com debaixo do meu cobertor! Enquanto eu lia, aquela escritora, que não é conhecida ou famosa, estava ali comigo, me contado sua história e me fazendo me sentir melhor!

É isso que eu amo! É esse poder que escritores tem de transformar tudo a nossa volta! É por isso que eu vivo!

Espero vê-los no próximo
Déborah Felipe

domingo, 3 de setembro de 2017

Revisitando as Poesias sobre minha Depressão - comparação


Eu falei ontem que ia terminar as análises de poesias, mas eu resolvi fazer uma última coisa aqui: colocar a primeira poesia que eu escrevi sobre minha Depressão e a última.

Poesia do dia 01 de março de 2008 (sábado)

Soneto do Desespero

Presa em minha alma, vejo a morte.

Angustiada no calabouço do contentamento,
Sem saída, nesse meu confinamento,
A dor e o tormento da minha sorte...

Trancafiada na densa insanidade...
Como consegue erguer-se da loucura?
Como foge da queda sem fratura?
A alma inteira na sua humanidade?

Engole o sofrimento sem pesar,
Que o homem se faz forte na fraqueza...
Engole, o sofrimento vai passar...

Não se renda à angústia da incerteza,
Que o desespero não pode dominar
A intensa luz da sua natureza...


Elas tem seis anos de diferença exatamente e isso foi uma surpresa muito louca agora que eu estou escrevendo esse post! Outra coisa que eu achei muito interessante é que a primeira é um soneto e a última é essa estrutura diferente que eu gostei de escrever nas últimas vezes (que eu na verdade não sei se tem um nome), elas são estilos diferentes, mas elas se parecem em tantas coisas!


Poesia do dia 1 de março de 2014 (sábado)

Shadows

Antes, tudo era escuridão

E eu vivi nela até meus olhos se acostumarem
Com vultos, vi imagens se formarem...
Achei que aquilo era visão!
Achei que dava para as luzes me encontrarem...

O caminho era longo, o fim, distante,
Muitas vezes, tropecei e caí...
Não havia muito mais que sentir...
Havia só a promessa farsante
De um dia verdadeiramente existir...

Na escuridão, não há asas, não há flor.
A escuridão é o oposto do amanhecer.
Na escuridão, não se pode nem mesmo morrer...
Mas a morte não se afasta e está na dor...
A escuridão não é mais que sofrer...

Esse lugar faz chover incessante
Ou talvez seja só o meu desejo...
A chuva não é luz, mas me vejo
E a escuridão não perdoa o instante,
Não perdoa meu pequeno lampejo...

Minha chuva, a tristeza não afoga,
Desolação que sufoca meus passos,
Ofegante, eu caio aos pedaços...
Minha alma pela luz roga,
Sem forças, me carrego em meus braços!


"A intensa luz da sua natureza..."
"Minha alma pela luz roga"
"A alma inteira na sua humanidade?"
"Sem forças, me carrego em meus braços!"

Espero vê-los no próximo
Déborah Felipe

sábado, 2 de setembro de 2017

Revisitando as Poesias sobre minha Depressão - Soneto do Desespero


E chegamos a última poesia que eu coloquei no "Cause I'm a Writer" aqui no blog que se tratava da minha Depressão! Eu não sei se esse será o último post sobre isso que eu farei (muito provavelmente não), mas acho que não será mais tão regrado de um post por dia, se eu conseguir escrever um por semana será uma vitória!

Poesia do dia 01 de março de 2008 (sábado)

Soneto do Desespero

Presa em minha alma, vejo a morte.

Angustiada no calabouço do contentamento,
Sem saída, nesse meu confinamento,
A dor e o tormento da minha sorte...

Trancafiada na densa insanidade...
Como consegue erguer-se da loucura?
Como foge da queda sem fratura?
A alma inteira na sua humanidade?

Engole o sofrimento sem pesar,
Que o homem se faz forte na fraqueza...
Engole, o sofrimento vai passar...

Não se renda à angústia da incerteza,
Que o desespero não pode dominar
A intensa luz da sua natureza...


Como eu disse, eu gosto muito de escrever (ou gostava, né?) sonetos, mesmo que eu não seja grande coisa pra colocar métrica e forma neles! E eu comecei o texto dessa poesia da última vez dizendo que ela começava um período mais dark nas minhas poesias, um período difícil de explicar.

Hoje ele não é mais tão difícil de explicar, como eu tentei colocar nesses textos. Eu não conseguia admitir na época do Cause I'm a Writer o quão doente eu estava e agora é mais fácil aceitar o que acontece comigo e dizer abertamente. Eu espero que essa iniciativa alcance e ajude alguém que esteja passando pelo que eu passei!

Espero vê-los no próximo
Déborah Felipe

sexta-feira, 1 de setembro de 2017

Revisitando as Poesias sobre minha Depressão - Oração Silenciosa


Eu achava que nessas primeiras poesias eu não tinha mencionado a Escuridão, mas ela está aqui na poesia de hoje, aprisionando desde o começo, me cercando com ansiedade.

Poesia do dia 14 de abril de 2008 (segunda-feira)

Oração Silenciosa

Oh, oração silenciosa,

De um terço de lágrimas derramadas,
Uma vigília dolorosa
De muitas almas abaladas.

Eu busco Luz para o fim da Escuridão,
Apego-me a toda felicidade.
Pra não me render à angústia da prisão
E me libertar das correntes da ansiedade.

As asas da infância me abandonaram,
Derreteram e agora só me resta cair.
As trevas do labirinto em que me jogaram
Incendeiam-se até me consumir.

Meu terço de lágrimas vertidas,
Reclama o fulgor da alma misteriosa.
Choro a ardência das feridas,
Oh, oração silenciosa!


Como eu disse da outra vez, no Poetry Time, eu gosto muito da sonoridade dessa poesia e nela encontramos mais uma vez uma menção ao Mito de Ícaro nas "asas da infância" que me abandonaram, derreteram e me deixaram para cair.

Vejo vocês no próximo
Déborah Felipe